Na calada da noite, ele, gracioso, a cobre
Com seus sonhos e desejos inconsequentes
Beija-lhe a testa e acaricia seus braços quentes
Cansados de uma dança de abraço entrelaçado e nobre.
Ela, por sua vez, entrega-se ao sentimento
Sem medo do amanhã ou de pressões inoportúnuas
Os dedos dançam nas linhas das costas nuas
E o amor envolve os passos lentos do momento...
Ele, em seu lugar, toca-lhe o coração
Com palavras as quais jamais soubera da profundidade
Palavras essas, que ela, em vício, bebeu em ação...
Ela, perdida, na fronteira dos sonhos e da realidade
Põe-se ao lado dele; seus olhos fechar-se-ão
Para um triste despertar na solidão e em sua singularidade...
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