sábado, 22 de agosto de 2009


Não foi nem a primeira, e com certeza, nem será a última vez em que me deparo em tal situação. Infelizmente. Sou incansável em apanhar e completamente destituida do tal "amor próprio", pois minha condição de existência para com ele é completamente diferente da normal; meu amor próprio nada mais é do que o amor alheio que campino todos os dias no meu campo lindo de lírios, cheio de hulha. Pois, nunca vi nada parecido com isso, dirás. Tambem nunca tinha visto nada parecido com a hipocrisia tua e dos outros, até mesmo minha. Não me venham dar lição de moral! não me venham com metalinguística, nem com suposições! não deem palpites na minha existência pseudo-miserável que atribuo ao fato de coexistir com minha sobriedade. E eu anseio... na pergunta... onde estão todos vocês, meus amigos? onde estão? por que insistem em me apunhalar? por que desejam rejeitar tudo o que eu dou a vocês? por quê?

Bondade é uma palavra que sofre preconceito no mundo. Eu estou cansando de ser boa com tudo e todos, estou cansando e baixar a cabeça para questões egoístas e levantá-la em nome das alheias. Estou cansando de ficar cansada com coisas injustas. Já me questionei por que sempre acontece comigo, e por mais vitimoso e egoísta que isso possa parecer "oh, ela está se vangloriando". não, eu não estou, só estou tentando entender o por quê.


and where were you when i was burned and i was broken? while the days slip by from my window watching....


E eu, incansavelmente, continuo, insisto, tento, imploro, não façam mais tamanhas atrocidades comigo. Eu não sei viver sozinha. Cansei de plantar sorrisos e colher lágrimas. Cansei de cultivar Flores e colher Hulha. O problema sou eu não é? que tal se eu sumisse da vida de todos vocês? resolveria o meu e o seu problema, não?


and where were you when i was hurt and i was helpless? 'cos the things you say and the things you do sorround me...


Mas, apesar dos apesares, eu não desistirei e nem abrirei mão do meu caminho. O mundo fez questão de me lapidar com um diamante. Ah, ele me lapidou com o que há de mais duro e inquebrável do mundo...o meu doce cristal de mel.


E meus sonhos. São eles que me mantem presa neste mundo de mentiras.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009



XIII
“Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!” E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto...
E conversamos toda a noite, enquanto
A via-láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.
Direis agora: “Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?”
E eu vos direi:”Amai para entende-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas”.
Soneto XIII - Olavo Bilac - Via Láctea

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Morada Infindável


"e durante a estadia,
nesse tardio e sombrio acalanto;
sabes de que é feito do meu pranto,
que tanto se perdura a cada dia
e, no fim, tudo se molda na noite fria,
e meu coração pulsa de tanto em tanto,
frenético, ávido e, no entanto,
desfaz-se em fogo no peito em que jazia.
jamais trago-lhe minha dor sombria
visto que nela se faz meu canto
e num enfermo suspiro,
o primeiro encanto,
de ter encontrado, finalmente,
minha moradia."


da fria noite em que nos encontramos, sabia, no entando, que em seu peito frio escondia-se um tumultuoso segredo,
d'alma arrancados, por um sombrio desejo, de estar ao seu lado, uma vez mais e outra de novo. e naquele lúgubro fervor donde
os mais secretos anceios se perduravam, o amor se concretizou no nosso leito de amor, assim sendo, perpétuo e inatingível,
uma eterna moradia da qual minha alma fez-se de dona. e eternamente jazerá lá.


terça-feira, 4 de agosto de 2009

coming back to life -once more again.

where were you, when i was burned and broken? while the days slipped by from my window watching; where were you, when i was hurt and i was helpless? because the things you say and the things you do surround me... while you were hanging yourself on someone else's words, dying to believe in what you heard... i was staring straight into the shining sun; lost in thought and lost in time, while the seeds of life and the seeds of change were planted, outside the rain fell dark and slow while i pondered on this dangerous but irresistible past-time... i took a heavenly ride through one silence, i knew the moment had arrived for killing the past and coming back to life. i took a heavenly ride through our silence, i knew the waiting had begun and headed straight... into the shining sun.

and i am learning to fly once more again.