sexta-feira, 26 de março de 2010

Rabiscos Letais (Lágrimas Insalúbres - Parte 3)

Daquelas cartas que um dia li,
no momento, soltei um suspiro insano
e naquele triste momento, o sorriso do desengano
brilhou na face triste que sepulto em ti.

Quando retornei a ti meus pensamentos, vi
as sombras do jazigo do nosso amor profano
Por que, vida ingrata, martiriza-me, ano após ano?
Em carregar o cadáver de um pulso? ousei e senti.

Agora, aqui enterro minhas mentiras
desolação, solidão que trago junto a mim
Esses rabiscos em papéis, que da alma tiras

E no contar dos meus batimentos, enfim
Posso então sossegá-los... por que ainda me miras?
Se a única solução é nos meus dias pores um fim?

quinta-feira, 11 de março de 2010

Cartas Vazias de Amor. (Lágrimas Insalúbres, Parte 2)

Eu olhava para aquelas cartas vazias,
Na sombra de uma voluptuosa escuridão
O quanto meus sonhos dispersar-se-ão
Findarão num triste desejo de retorno sem vias.

Eu olhava para aqueles tímidos versos,
Cheios de amor que d'alma fora arrancado
Eu sonhava no ínfimo disfarce, do meu peito, arfado
Contudo, a infelicidade do acaso tornou-nos controversos.

Eu olhava para o nosso final nem um pouco feliz
E vislumbrava uma vida que tudo tivera para ser e não fora!
Eu sonhava, em matrimonio com a alma tua, sim, eu o fiz!

Mas agora tudo não passa de mera lucidez, alma, ora!
Minha rica e amada felicidade desfez-se como a morte da mais bela lis,
Mas ainda guardo comigo um pedaço de um coração, que destinado a mim, se fora...

domingo, 7 de março de 2010

O Grito Dos Esquecidos (Lágrimas Insalúbres Parte 1)

Sob velas a chama enaltece
a triste história que na cova se afunda
dos tristes lamentos da vida, que vos inunda
do desespero insano de meu sorriso que falece

Sou triste por amar mais do que o ser
e do desencanto acalanto fiz meu pranto
insano, profano, oriundo do desengano
de amar, matar, vacilar mais do que querer

Imunda e escura alma, eu vos chamo!
para um mar de lágrimas afogar-te
e no inquieto canto embebedar-se, eu amo!

Vinde oh! obscuridade, grito, clamo-te!
para mais uma vez embelezar-me de ti, óh como clamo!
e num minuscioso beijo, despedir-me sem tocar-te!

quinta-feira, 4 de março de 2010

The End of the Day

 
i wake up and the day ends like a sight
in a sad sight of death behind
and the rain falls over the blind
of a failed life i had by a tight

Maybe a dream decodes my fight
of a broken thought i deserve, unkind
and someone to bruise, i'll always find
to hurt your heart and turn off your light

Am i a beast? everytime i myself asked
or am i broken dreams? maybe
You'll be fogy, and with the answer i'll be corrupted

but i know, i fated to live with the pain inside of me
and deep in my hear i know, i've reached
the mainly code of our misery "human: to be"

segunda-feira, 1 de março de 2010

Funestas Linhas (O Jantar da Meia-Noite parte 3)

Sobre tristes encantos, seu abismo ela tece
que findam nas tumultuosas linhas do tecelão
Rubras víceras dos passados que agora irão
Perder-se em amor e medo que aqui falece.

Da vida, conclui o exorcismo da minha sorte
Fortunosa fibra que une sorrisos a tristezas
Oh! Minhas tristes lágrimas insistem em incertezas
Das quais, como vivi puramente para a morte!

E tu, que perdido em meu apocalipse encontra-se
Doar-te-ei as lágrimas minhas; meu acalanto
Da triste história que me envolve, Ah! se contasse...

Transmutaria risos vastos em ínfimo pranto
Do corpo melancólico, vazio que agora auto clama-se
A torturosa dor de viver em completo desencanto