segunda-feira, 1 de março de 2010

Funestas Linhas (O Jantar da Meia-Noite parte 3)

Sobre tristes encantos, seu abismo ela tece
que findam nas tumultuosas linhas do tecelão
Rubras víceras dos passados que agora irão
Perder-se em amor e medo que aqui falece.

Da vida, conclui o exorcismo da minha sorte
Fortunosa fibra que une sorrisos a tristezas
Oh! Minhas tristes lágrimas insistem em incertezas
Das quais, como vivi puramente para a morte!

E tu, que perdido em meu apocalipse encontra-se
Doar-te-ei as lágrimas minhas; meu acalanto
Da triste história que me envolve, Ah! se contasse...

Transmutaria risos vastos em ínfimo pranto
Do corpo melancólico, vazio que agora auto clama-se
A torturosa dor de viver em completo desencanto

2 comentários:

  1. Belo soneto melancólico der profunda decandência e desencanto, lembra autores de renome, coroando sua fase Byroniana. Hasta Siempre, gran poetisa

    ResponderExcluir
  2. Representante da nova geração byroniana!!! xD

    ResponderExcluir