A chuva cai, com euforia, lá fora
Cai afoita, respira desesperada por molhar
Um sorriso, uma lágrima, uma dor a desatinar
Que cresce em lugares onde um coração fora...
Tristes lágrimas que das estrelas caem
Banham um andar distraído e descompassado
Sem rumo, sem turno, sem olhar programado
Guiado somente pela trilha onde os sonhos se esvaem...
Ao tocar a pele quente, onde um toque já habitou
Sente o frio da tristeza sorrir-lhe delicadamente,
E os braços do destino envolver-lhe como quem conquistou...
Um troféu! ela pensa, e sobre a neve, incansavelmente
Escreve com os dedos, entre feridas que ela mesma rasgou
Um nome. Um desejo. Uma vida sonhada incessantemente..