quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Horizonte de Eventos



Poderia te escrever o verso mais completo
Que representassem a infinitude que aqui sinto
Que te mostrassem quantas cores tens, amor tinto
O quão mais belo és que um céu de estrelas repleto

Poderia, no entanto, de algum modo te mostrar
o quão grande é o que em mim habita?
o quão angustiante é a saudade que agita
toda a constância que teu amor, em mim, quis deixar?

Poderia, um dia, te provar, com um beijo
Aquilo que meu coração pulsa convulsivamente
Selado em catorze versos e um incontável desejo? 

Poderia, sim, olhar nos teus olhos suavemente
e com a alma te tocar fundo, sussurrando um almejo
de poder te fazer ver o quão sou de teu sorriso dependente.



terça-feira, 2 de agosto de 2011

Dióxido de Humanos


Uma sombra, que em tempo longíquo, luz fora
A mais brilhante que em nós uma hora cintilou
Era o desejo de sermos o que sempre nos restou 
Porém foi a única coisa que conseguimos jogar fora.

Por muito tempo acreditou-se em ser o humano
E por muitas horas vivemos tentando o entender
No entanto, conseguimos nós mesmos nos corromper
E amarguramos no desalento desse papel profano.

E hoje nem os de sua própria espécie conseguem crer
Que um dia possamos olhar nos olhos e sentir
Que somos mais do que nossos corações podem ver...

No entanto, ainda sim, mantem-se uma luz a existir
Que mesmo sendo sombra consegue nos fazer ser
Uma fração de tudo que não conseguimos ainda mentir.