terça-feira, 20 de outubro de 2009

Não Ser ou Ser Não.



E tudo que eu almejara,

tudo que eu sempre sonhara,

tudo que a vida a mim mostrara,

tudo em vão, perdido, passara?


Eu não sabia o que dizer. Não sabia se, de alguma forma, poderia contar com tua presença ao meu lado. Não sabia -e nem fazia nenhuma idéia sequer!- se tu ainda estavas ali. Porque, tu sabes, já me deixaste uma vez...Por quê? Por que não podes me contar teus segredos? Por que não podes compartilhar comigo uma vida, uma amizade, uma esperança? Por que não podes me dizer a verdade em vez de iludir-me, da mesma forma que a noite ilude o sol a pôr-se no crepúsculo, fingindo que amanhã ele brilhará mais forte? Por que não foste honesto? Eu não a merecia, correto? No fundo, dói, arde, queima e dilacera; eu sei, contudo, que não.
Foste com o sol efervescente da manhã, que entrara em minha janela, ilumunando-me com teu olhar. Foste o brilho do destino, a magia do amor e a flor da amizade que brotou em mim e esqueceu de parar de crescer. Foste tudo, tudo, tudo, tu... do... tu... tu... tu... foste só e somente tu, tudo e mais um pouco. Infelizmente, eu não pude ser nada para ti. Sempre serás aquela luz que entra, penetra, invade e destrói, iluminando com suas radiações eletromagnéticas visíveis. Sempre será a minha luz. Eu não gostaria de ter de ser a tua escuridão.
Tu sempre serás tu. Eu, nunca serei eu mesma. Sempre serei parte de tu que sempre existiu em mim e nunca pode ser o que é.
só pra atualizar.