sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Saudade

Já convivi com almas claras, tentadoras e cristalinas
Que juravam palavras de conforto, sobretudo esperança
Que rasgavam antigos medos, propunham sempre a aliança
No intuito em que ficássemos presos às nossas malhas finas.

Em dias claros, eram meus sóis da manhã
Em dias sombrios, minhas estrelas tardias
Em dias chuvosos, eram meus abrigos entre os dias
Em dias nublados, eram a esperança do brilho do amanhã...

Entretanto, perderam-se em algum lugar do passado..
Suas palavras, juras não trazem mais meu sentido
Se sobrepõem com mentiras, ilusões, um sorriso calado...

Sorriso esse, que costurei na face; meu coração, vendido,
Onde guardara a recordação que corroe em grito abafado
Pelo silêncio que eles deixaram no meu dia vencido.