domingo, 20 de dezembro de 2009


Sabeis, breve companheiro
que da esperança vive o bravo homem
da dor vivem os tristes incompreendidos
da razão vive aqueles que pela emoção foram feridos
antes que sua sentinela, um doce martírio, os tornem
num ultimo sorriso passageiro.


como cego fiquei tão ofuscado ante ao brilho dos olhos que olhei.

eu prefiro um galope soberado a loucura do mundo me entregar.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

(discando... caixa postal... deixe seu recado)

Oh Baby, don't leave me now... don't say it's the end of the road...
remember the flowers i sent, only you, babe..
I need you, i need you, i need you... (eco)
to put throught the shredder in front of my friends...
Oh Baby, don't leave me now...
how could you go? how could you go?... how could.. (eco)
When you now how i need you, ...i need you, i need you..(eco)
to beat to a pulp on a Saturday Night..
Oh baby...
how could you treat me in this way?
Running away ...running away, running... (eco)
I Need You, Babe.
Oh Baby..









why are you running away?

(telefone mudo)

(N)ENEM


autoexplicativo.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Não Ser ou Ser Não.



E tudo que eu almejara,

tudo que eu sempre sonhara,

tudo que a vida a mim mostrara,

tudo em vão, perdido, passara?


Eu não sabia o que dizer. Não sabia se, de alguma forma, poderia contar com tua presença ao meu lado. Não sabia -e nem fazia nenhuma idéia sequer!- se tu ainda estavas ali. Porque, tu sabes, já me deixaste uma vez...Por quê? Por que não podes me contar teus segredos? Por que não podes compartilhar comigo uma vida, uma amizade, uma esperança? Por que não podes me dizer a verdade em vez de iludir-me, da mesma forma que a noite ilude o sol a pôr-se no crepúsculo, fingindo que amanhã ele brilhará mais forte? Por que não foste honesto? Eu não a merecia, correto? No fundo, dói, arde, queima e dilacera; eu sei, contudo, que não.
Foste com o sol efervescente da manhã, que entrara em minha janela, ilumunando-me com teu olhar. Foste o brilho do destino, a magia do amor e a flor da amizade que brotou em mim e esqueceu de parar de crescer. Foste tudo, tudo, tudo, tu... do... tu... tu... tu... foste só e somente tu, tudo e mais um pouco. Infelizmente, eu não pude ser nada para ti. Sempre serás aquela luz que entra, penetra, invade e destrói, iluminando com suas radiações eletromagnéticas visíveis. Sempre será a minha luz. Eu não gostaria de ter de ser a tua escuridão.
Tu sempre serás tu. Eu, nunca serei eu mesma. Sempre serei parte de tu que sempre existiu em mim e nunca pode ser o que é.
só pra atualizar.

domingo, 20 de setembro de 2009

A Aurora da Humanidade



Uma mente criativa sempre foi o diferencial quanto à ascensão do homem em seu meio, abrangendo desde a aurora de sua existência até o seu uso nas complexas relações intrapessoais. Atualmente, o mercado de trabalho vem exigindo de deus competidores maiores atributos profissionais, sobretudo, a criatividade, na maioria das vezes, perdida na infância. Mas, afinal, o que levou a maioria dessas pessoas a perdê-la? Apenas ser criativo leva o homem a ascender no âmbito desejado?
Durante a infância, é comum ouvirmos relatos de “amigos imaginários”, mundos fantásticos e galhos que viram verdadeiras naus lusitanas, quando perguntamos a uma criança o que ela está imaginando ou brincando. Ocorrências dessa espécie são explicadas pela incomparável e incompreensível fertilidade imaginativa, que aflora de madeira avassaladora, tornando-as únicas num mundo onde trocas culturais estão cada vez mais intensas e, infelizmente, massificando as culturas no processo de globalização. Nos dias atuais, crianças estão crescendo num mundo aparentemente completo, seja de tecnologias, seja de informações, onde tudo está em seu alcance e é facilmente manipulável, levando ao retrocesso criativo e, em casos mais extremos, a perda da capacidade de imaginar. Os jovens precisam, mais do que nunca, de incentivos dos pais e, acima de tudo, da sociedade –incluindo principalmente as escolas, que desempenham papel crucial na formação da personalidade do homem e de sua capacidade de raciocinar- a qual carece de cidadãos que a renovem e a aperfeiçoem.
Diversas pessoas, atualmente, buscam –de forma exasperada- qualificação profissional como meio de diferenciação para o tão sonhado ingresso no mercado de trabalho. Contudo, pesquisas recentes mostraram que os grandes empreendedores do setor terciário econômico buscam o profissional cuja criatividade, aliada ao conhecimento técnico e científico, consiga inovar as orientações da empresa, criando investimentos alternativos e ecologicamente corretos a fim de suprir as exigências do mercado mundial e atingir o desenvolvimento sustentável, considerado a maior tendência das grandes empresas nacionais. Uma mente criativa, de fato, aprimora e possibilita também a afirmação nas relações pessoais, confirmando tal fato com uma pesquisa de opinião pública acerca dos relacionamentos conjugais, em que mais de 90% dos entrevistados dizem buscar um parceiro cuja inventividade inove sua relação e fuja da rotina do dia-a-dia.
Em suma, estamos vivendo um processo de hipertrofia nos setores mais procurados da economia, em que temos incontáveis profissionais qualificados e, no entanto, não inventivos. Devemos procurar as causas da omissão da criatividade, no intuito de retificá-la e incentivar os jovens a exercitá-la com problemas comuns do cotidiano. Se a integrarmos de maneira unânime em todos os âmbitos de nosso dia a dia, como quando na infância, perceberemos como a nossa vida pode revolucionar-se com um simples toque inventivo.

Aonde foram parar os lápis de cor?






20/09/09 Mellanie Dutra.

sábado, 22 de agosto de 2009


Não foi nem a primeira, e com certeza, nem será a última vez em que me deparo em tal situação. Infelizmente. Sou incansável em apanhar e completamente destituida do tal "amor próprio", pois minha condição de existência para com ele é completamente diferente da normal; meu amor próprio nada mais é do que o amor alheio que campino todos os dias no meu campo lindo de lírios, cheio de hulha. Pois, nunca vi nada parecido com isso, dirás. Tambem nunca tinha visto nada parecido com a hipocrisia tua e dos outros, até mesmo minha. Não me venham dar lição de moral! não me venham com metalinguística, nem com suposições! não deem palpites na minha existência pseudo-miserável que atribuo ao fato de coexistir com minha sobriedade. E eu anseio... na pergunta... onde estão todos vocês, meus amigos? onde estão? por que insistem em me apunhalar? por que desejam rejeitar tudo o que eu dou a vocês? por quê?

Bondade é uma palavra que sofre preconceito no mundo. Eu estou cansando de ser boa com tudo e todos, estou cansando e baixar a cabeça para questões egoístas e levantá-la em nome das alheias. Estou cansando de ficar cansada com coisas injustas. Já me questionei por que sempre acontece comigo, e por mais vitimoso e egoísta que isso possa parecer "oh, ela está se vangloriando". não, eu não estou, só estou tentando entender o por quê.


and where were you when i was burned and i was broken? while the days slip by from my window watching....


E eu, incansavelmente, continuo, insisto, tento, imploro, não façam mais tamanhas atrocidades comigo. Eu não sei viver sozinha. Cansei de plantar sorrisos e colher lágrimas. Cansei de cultivar Flores e colher Hulha. O problema sou eu não é? que tal se eu sumisse da vida de todos vocês? resolveria o meu e o seu problema, não?


and where were you when i was hurt and i was helpless? 'cos the things you say and the things you do sorround me...


Mas, apesar dos apesares, eu não desistirei e nem abrirei mão do meu caminho. O mundo fez questão de me lapidar com um diamante. Ah, ele me lapidou com o que há de mais duro e inquebrável do mundo...o meu doce cristal de mel.


E meus sonhos. São eles que me mantem presa neste mundo de mentiras.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009



XIII
“Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!” E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto...
E conversamos toda a noite, enquanto
A via-láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.
Direis agora: “Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?”
E eu vos direi:”Amai para entende-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas”.
Soneto XIII - Olavo Bilac - Via Láctea

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Morada Infindável


"e durante a estadia,
nesse tardio e sombrio acalanto;
sabes de que é feito do meu pranto,
que tanto se perdura a cada dia
e, no fim, tudo se molda na noite fria,
e meu coração pulsa de tanto em tanto,
frenético, ávido e, no entanto,
desfaz-se em fogo no peito em que jazia.
jamais trago-lhe minha dor sombria
visto que nela se faz meu canto
e num enfermo suspiro,
o primeiro encanto,
de ter encontrado, finalmente,
minha moradia."


da fria noite em que nos encontramos, sabia, no entando, que em seu peito frio escondia-se um tumultuoso segredo,
d'alma arrancados, por um sombrio desejo, de estar ao seu lado, uma vez mais e outra de novo. e naquele lúgubro fervor donde
os mais secretos anceios se perduravam, o amor se concretizou no nosso leito de amor, assim sendo, perpétuo e inatingível,
uma eterna moradia da qual minha alma fez-se de dona. e eternamente jazerá lá.


terça-feira, 4 de agosto de 2009

coming back to life -once more again.

where were you, when i was burned and broken? while the days slipped by from my window watching; where were you, when i was hurt and i was helpless? because the things you say and the things you do surround me... while you were hanging yourself on someone else's words, dying to believe in what you heard... i was staring straight into the shining sun; lost in thought and lost in time, while the seeds of life and the seeds of change were planted, outside the rain fell dark and slow while i pondered on this dangerous but irresistible past-time... i took a heavenly ride through one silence, i knew the moment had arrived for killing the past and coming back to life. i took a heavenly ride through our silence, i knew the waiting had begun and headed straight... into the shining sun.

and i am learning to fly once more again.

quinta-feira, 23 de julho de 2009


e eu me sinto tão triste,
que dos olhos em prato se vislumbra uma noite calada
e me sinto tão só,
que inundaria o mais triste oceano da pura ausência indomada
me sinto tão fria,
que aqueceria os mais frios invernos com a brisa dos meus tristes versos
me sinto tão sem vida,
que em parte levo a mão suplicante, para conforta-la ao ouvir meus batimentos cardíacos
se tivesse a certeza de que isso seria morrer, não me assustaria,
triste mesmo é ver que isso é vida.

hoje a tristeza não é passageira, hoje fiquei com febre a tarde inteira,
e quando chegar a noite, cada estrela parecerá uma lagrima,
queria ser como os outros... e rir das desgraças da vida,
ou fingir estar sempre bem, ver a leveza das coisas com humor.
não me diga isso.

Poesia extremamente simplista, anunciando a ausência de qualquer dom outrora comentado
quando tudo está perdido, eu me sinto tão sozinho...
quando tudo está perdido, não quero mais ser quem eu sou...
mas não me diga isso.

sábado, 27 de junho de 2009


você conseguiria ver através da minha dor, motivos para ser forte? conseguiria, por meio de sonhos, me manter fluente na complexa linguagem que a vida usa para nos machucar, e machucar, e machucar cada vez mais... conseguiria com a sua graça, me fazer esquecer que eu preciso ser forte? conseguiria me fazer voar alto, sonhar alto, para esquecer que, por mais cheia de pessoas, de sentimentos, no fundo, as nuvens todas estão indo embora... ? conseguiria estancar o sangramento das minhas veias no intuito de eu conseguir continuar pulsando? ousaria me fazer ver além do horizonte sombrio dos meus olhos? conseguiria me deixar sozinha no silêncio, quando eu implorasse pelo som? Faria um torniquete no meu pescoço para que todo esse mal-estar conseguisse nunca mais conhecer meus labios? Pararia, se conseguisse, de me perguntar se eu estou bem quando eu chorasse e gritasse no fundo "eu não consigo sozinha"? o tempo tem passado para mim.
por muito tempo eu achei que era forte o suficiente para manter preso meu pranto e exorcisa-lo as escondidas. por muito tempo eu me vi no espelho e lutei para tentar me enchergar. mas agora... eu não consigo mais sozinha. eu preciso de força, porque eu ja nã tenho mais daonde tirar para encarar tudo isso... eu preciso tirar esses monstros que atormentam minha garganta, que dilaceram meus pulmões e me fazem tísica;
mas, quem mais me protegeria de tudo isso, como tem feito por muitos anos, se não a mim? eu me deixei no silêncio, eu mesma desisti de lutar, mas está tudo perdoado.
la no fundo, eu sei.
você diria não. eu ja disse isso há muito tempo.

sexta-feira, 12 de junho de 2009


E de doce sombra, fez-se a tua hora
Da partida de tamanha e incessante dor
Que nunca ousou em deixar-me e se outrora se for,
Saberei que já não mais existirá o meu agora.



Em triste viver, tornou-se a melancolia
Aos passos da incondicional solidão
Hoje, meus sentimentos vem e vão
Entre as ínfima passarela que dantes me valia



Se um dia ja sorri, foi por amar-te mais do que querer-te,
Do puro amor que serra a minha alma em duas
puramente tuas em servir-te



Sabeis, formoso amor, que nunca irei sair das páginas nuas
E sempre que folhar o livro de meu coração, acharás, certamente
Uma alma que clama pela tua, e outra que morrerá para ambas serem, eternamente, tuas.



Soneto das Almas Duplas - Mellanie Dutra

sábado, 23 de maio de 2009


Quando doce sonho chegares tua hora,

neste instante perceberás o ultraje da dor

repassando cada instante vivido com volumoso ardor

cobrindo as lágrimas remanscêntes do agora


E das tuas casas construidas com forte exaltação

Veio tuas flores que cresceram em teu divino jardim

e por uma intermédia escolha entre não e sim

Sumiram todas sem nenhuma explicação


Não tenho anos para compreender

As certezas e incertezas dos rumos da minha vida

Mais sei que cedo ou tarde é preciso escolher


Entre os ramos de uma árvore dividida

Agora percebo e consigo entender

que o futuro nada mais é do que uma página, sem letras, escolhida.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Streets Of Philadelphia



i was bruised and battered and i couldn´t tell what i felt, i was unrecognizable to myself... i saw my reflection in a window, i didn´t know my own face!!! Oh brother... are you gonna leave me, wastin´away, on the streets of Philadelphia?

i walked the avenue till my legs felt like stone, i heard the voices of friends, vanished and gone... at night i could hear the blood in my veins... black and whispering, as the rain, on the streets of Philadelphia...

ain´t no angel gonna greet me? it´s just you and i, my friend... my clothes don´t fit me no more... i walked a thousand miles just to slip the skin...

the night has fallen, I´m lyin´awake, i can feel myself fading away... so receive me, brother, with your faithless kiss, or will we leave each other alone like this, on the streets of Philadelphia...?



When there's no one left to fall,

nowhere to hide,

Silence is hurting...

Inside it's cold...

Sleep or Die.

Nowhere to go...

Nowhere to hide...

Her light went out.



(-)

quinta-feira, 23 de abril de 2009


Como esta noite findará
e o sol então rebrilhará

estou pensando em você

onde estará o meu amor?
será que vela como eu ?
será que chama como eu?
será que pergunta por mim?
onde estará o meu amor...
se a voz da noite responder
onde estou eu,
onde está você?
estamos cá dentro de nós...
sós...
onde estará o meu amor?
se a voz da noite silenciar
raio de sol vai me levar
raio de sol vai lhe trazer
Como esta noite findará
e o sol então rebrilhará
estou pensando em você...
será que vela como eu?
será que chama como eu?
será que pergunta por mim?
se a voz da noite responder
onde estou eu,
onde está você ?
estamos cá dentro de nós
sós.
onde estará o meu amor ?
se a voz da noite silenciar

raio de sol vai me levar

raio de sol vai lhe trazer...

Onde estará o meu amor?

terça-feira, 21 de abril de 2009

27 Setembro, 1939 03:55 am
Mãe,
São quase 4 horas da manhã. Estou nervoso. Nossa tropa se reunirá as 6 em ponto, mas eu não sei mãe. Eu nunca pedi por isso, mas parece que, de fato, algo maior me chamou, dentro de mim. Uma motivação incandescente tomou-me por completo e eu não soube como lidar com ela! Estou nervoso, mãe. Não há nada nesse mundo que eu mais quisesse do que estar de volta aos seus braços. Lembra quando a senhora me botava para dormir, ao ter um pesadelo? e eu ficava tão feliz de vê-la ali e não me sentir sozinho. Estou com medo mãe. Vejo meus colegas de quarto, cadetes cheios de sonhos como eu e se perderem no medo da Guerra. As tropas alemãs já estão marchando para o campo. Mãe, não sei como vou poder sobreviver a todas essas explosões de sentimentos que estão acontecendo dentro de mim! Quando olho para meus colegas e penso que muitos deles -senão todos- morrerão por uma bandeira, num campo sangrento de batalha, penso em como a vida pôde ter nos colocado aqui! somos tão jovens mãe...
Mas eu não fujo com o meu dever de honrar meu pais, por mais errado que seja esse evento.
Mãe, me abençoe...

27 Setembro, 1939 03:55 am
Filho,
Tome muito cuidado meu bebê. Não deixe de mandar notícias por nenhum segundo sequer, meu filho! preciso saber como se sentes como está... Eu ouço atentamente o rádio, não desligo por nenhum segundo, acompanho jornais, e não quero ver teu nome nos anúncios, filho! quero que esse inferno termine logo para que possas terminar tua faculdade, casar com tua namorada e me dar muitos netos! Quero que vivas por muito tempo meu filho, portanto, pelo amor de Deus, se cuide! Papai e seus irmãos estão todos torcendo por ti meu filho. Parece que nosso País não vai ceder qualquer tipo de acordo com os Germanicos. Filho, não te esqueces, mamãe está contigo sempre, sempre e sempre. Todos te mandam beijos e recomendações! Eu te amo meu filho.

A mãe não recebeu mais cartas de seu filho.



domingo, 19 de abril de 2009

; Highway from Sky


Sofres, deveras mais incontestáveis vezes, por motivos dos quais tu mesmo desconheces,
Sentes, e no entanto "dessente" ao sentir no ar o brilho rubro de temer o amar,
Choras ao ver no vento, respostas as quais desconhecia sem saber conhecer algo ou alguém,
e porém sabes, queridíssimo fulano, que o que mais importa na vida é ser par pois os ímpares nada mais temem, e temer é sentir e se não sentes, "dessentes" o amar e se não ama, não sofres, muito menos, alegra-te.
Mas oras tu ai, fulano! que não passas, que não sentes, que não teme, tampouco ama!
que desgosto de te ver, aí, parado saboreando a tua neutralidade sem ao menos conhecer um extremo!
como podes tu, fulano, tanto acreditado, tanto vivido, não saber o que é conjugar um abstrato verbo?
Tuas respostas me apavoram, fulano. Tu me faz temer. Tu mesmo, é fulano, tu mesmo, é a resposta das minhas questões pois é apartir de ti que temo, que sinto, que sofro, que choro ou conheço.
Será que o amor é uma pessoa? um ser? um gesto? uma palavra? ou descabidamente, nós mesmos?
eu não sei, mas o fulano deve saber. Se achares algum dia teu fulano, agitando teu estômago ou subindo em tua mente, descontroladamente, pergunte a ele do que ele é feito e acima de tudo, ajude-o a viver eternamente.
Pois se nós somos infelizes destinatários das correspondências fúnebres da morte, façamos com que, pelo menos ele, viva para contar a nossa história.

Só pra dizer que cheguei. novamente.