Do alto de sua núvem, ele reluzia
Translúcido porém com brilho fraco
Não tentava sequer mais procurar o caco
Nem completar sua disformia
Pois um dia, sua núvem nao mais aguentou
Presenteando o anjo a feroz gravidade
caiu e destilhaçou-se pelo chão da cidade
Onde todos os sentiam mas apenas um o notou
"por que de vidro?" ele se perguntou
não vês que minhas asas mais quebram
do que voam pelos céus que só se fecham
nas tonalidades que nele restou?
e quando perguntares sobre os cacos
não olhe-os procurando respostas do que vês
não fite-os lamentando tudo o que fez
apenas veja em mim mais um de seus retratos.