Era outono, e na relva resplandescente,
Ela se embelezava no fervor das folhas tímidas
Oh! Rico luto, também experimentado pelo rei Midas
Em que tudo que tocava, ouro fizera-se permanescente.
E da triste aura embebedou-se a sua senhora,
repousando suas gastas botas em plátanos que agora findam
Em seus ínfimos pensamentos, seus olhos insistem e ficam
Ruminando o martírio de uma estação sem estar em sua hora.
Vertendo em águas, seus olhos umedecem
Em desejos que já se foram, faz-se sua duradoura moradia
lapidada com as cinzas do tempo, fadadas, elas crescem
Ao perfurarem seu coração, ela saboreia a alegria desvanecida
e em seu íntimo as incertezas permanecem
como uma singela lembrança de um outono em dia.
Mellanie Dutra
Mell, estou impressionada, tu escreve muito bem! Lindo poema! Tu, com certeza, é uma pessoa especial... *-*
ResponderExcluirBzo da tua vet de <3
Esplêndido =D
ResponderExcluirComo é ótimo saber que temos esse tipo de coisa na família =D
Keep going.
A sua sensibilidade em conseguir descrever tantas angústias sem desperdiçar uma palavra me impressiona e me maravilha.
ResponderExcluirCada uma delas tem seu lugar no espaço e me emocionam muito.
Lindo mesmo colega!
ResponderExcluir=**