sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Poema do Abandono

Já sofri do dito abandono diversas noites e diversos dias
Parti minha alma em 3 mil pedaços para esquecer toda uma vida
Fiz promessas irrecusáveis, sugeri meu pulso como a partida
Para devolveres as palavras. Iludi-me, achando-as minhas...

Nunca mais voltaram para meus papéis solitários
Não tocaram mais a tinta da minha caneta extravasada...
Abandonaram completamente minha alma acabada
E deixaram vazios os versos, tornando-se desnecessários... 

O que era o sentido de uma vida, hoje é frustração incansável
É a dor de perder a única maneira que se tinha em ser alguém
É deixar o vento levar as pétalas da última rosa inexorável...

As dedos, cansados de procurar palavras em si, retêm
O pesar de não riscar o traço da palavra inconsolável
E a certeza de escrever mais uma linha para ninguém

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