hoje o amor, em mim, invade
avassala, perfunde, preenche todo o espaço inacabado
dá sentido ao vazio apertado, meu amor juvenil agitado
dá calmaria nas manhãs quando ainda é de tarde...
dá o sabor de um bem querer constante
e não somente é puro em seu amor de romance
é o sol que acalma o frio quando o calor é escaldante
é a certeza de não estar só mesmo num abismo incessante...
como pode, esse amor, tão grande em tão pouco espaço?
tão intenso num corpo tão ofegantemente fraco?
tão nobre e vil em alguém tão vulneravelmente escasso?
pois, aprendes, que o amor não precisa de qualquer marco
necessita, apenas, do olhar, do toque, do perfume daquele frasco
para florir o jardim de um coração desolado ou em estilhaço..
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