domingo, 23 de maio de 2010

Vergonha

A persistência dos dias em passar
Perdura a dor de viver em vazios
E por mais quente que sejam os fios
São fracas as ligações cuja tendência é findar

Os lugares onde vou, frios de sorrisos,
Gélidos de amor, putrefados de "amigos",
Banhados por mentiras, fins sem avisos,
E recomeços sem começos, vácuos de apreços.

Tu! Esconda-te! lá eles vêm!
Os hipócritas humanos, os falsos companheiros
Matando, aos poucos, o que não lhes convêm

A Natureza é sábia, seus fins são derradeiros,
Pois nada escapa da sabedoria que nela tem
Em desimar nossas almas sem inícios ou meios.

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