quinta-feira, 29 de julho de 2010

Pulso

 
Pulsa. o coração não para, não se rende
pulsa, soluça, com o  intruso, obtuso,
pulsa o sangue, d'alma avulsa, do verso confuso
e escarra saudades, caos absoluto, putrefado tende.

Pulsa, com arterias escleurozadas,
esvai-se em sangue e a abstinencia recebe
sem ar, sem vida, só um suspiro concebe
no intuito de o ar alcançar, células necrosadas.
 
Pulsa, o fim está a caminho, as cores, tudo mudado,
de vermelho, ao preto estamos nos tornando, respirando
pulsando? a frequencia está decrescendo; o pulso, calado...

Pulsa, mais uma vez! como se o ar próprio estivesse suspirando
pulso cansado, atordoado, inevitável, despedido...
E empregado na eternidade das almas que aqui ando.

5 comentários:

  1. First \o/

    Como já disse anteriormente, é um prazer ler as suas poesias, até porque a temática delas é a que mais me agrada "liricamente" falando...

    De qualquer forma, entenda esse comentário como mais um elogio e incentivo.

    :D

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  2. Eu tinha certeza que adoraria qualquer coisa que estivesse neste blog. Porque veio de ti, Mell, e tu tens o dom da escrita estampado nesta tua bela face. :)

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  3. Me deu vontade de baixar o nível e fazer elogios com palavrões no meio. Lindo Mell, lindo demais! Ai, né.. PUTA QUE PARIU! Muito bom *-* hahahaha

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  4. Adorei o vocabulário científico, andas te
    puxando hein... uahsushaush
    Sem falar na morbidez do teu poema.
    Gostei mesmo, prabéns !!! Bjx ;@@

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  5. que ritmo, consigo sentir a vibração do momento!
    Dá pra ler e reler e reler e reler mais uma vez e encontrar um sentido diferente cada vez XD

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