terça-feira, 20 de julho de 2010

Relógio


Saudosa infância, já faz muito tempo
Que não brinco com a querida boneca
Ou tomo o leite na colorida caneca
que os dias tornaram em po e vento

E a pracinha, eterno berço de compaixão
Escudo da tristeza, do ódio e da solidão
agora, és cinzenta, imunda e em vão
toda a alegria fora; és dor, corrupção

Tempo, inerente, com personalidades impetuosas
Cresci. e agora? sorrir, desaprendi outrora
Sou monstro das tuas horas impetuosas

Escrava dos segundos, presa do relógio, ora
badala na tristeza, ora nas lágrimas silenciosas
na eterna frequencia da cansada hora....

Um comentário:

  1. Por isso precisamos estar presentes no agora de corpo e alma, percebendo que é entre cada "tic" e cada "tac" que a vida acontece. Encontrar um meio menos doloroso de ser escravo do tempo. Como ler, por exemplo... o conhecimento não é perecível.

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