terça-feira, 20 de julho de 2010

Amanhecer da Noite


Abro meus olhos, mostro-lhe a alma
O sol aquece, com suavidade, minhas mãos
E por mais fria que for a solidão
Não anestesia a dor, constante e calma

Levanto-me, olho-me no espelho
Vejo tudo que pode ser e não fora
As oportunidades, hoje é lembrança que mora
Na tristeza que tornou o novo em velho

Os dons, que tanto me orgulhei
Se esvaem como as folhas no outono em tarde
E a vida fca, putrefada da vida que sonhei

Agora, abro a cicatriz, que sangra e arde
Cicatriz cujo sangue corrompido banhei
A infeliz história que, o meu coração, invade

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