sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Morada Infindável


"e durante a estadia,
nesse tardio e sombrio acalanto;
sabes de que é feito do meu pranto,
que tanto se perdura a cada dia
e, no fim, tudo se molda na noite fria,
e meu coração pulsa de tanto em tanto,
frenético, ávido e, no entanto,
desfaz-se em fogo no peito em que jazia.
jamais trago-lhe minha dor sombria
visto que nela se faz meu canto
e num enfermo suspiro,
o primeiro encanto,
de ter encontrado, finalmente,
minha moradia."


da fria noite em que nos encontramos, sabia, no entando, que em seu peito frio escondia-se um tumultuoso segredo,
d'alma arrancados, por um sombrio desejo, de estar ao seu lado, uma vez mais e outra de novo. e naquele lúgubro fervor donde
os mais secretos anceios se perduravam, o amor se concretizou no nosso leito de amor, assim sendo, perpétuo e inatingível,
uma eterna moradia da qual minha alma fez-se de dona. e eternamente jazerá lá.


3 comentários:

  1. Opa, bom texto! Parabéns! É um drama que cada dia seja uma odisséia pra encontrar uma "eterna moradia"! Se realmente a moradia fosse feliz pra sempre... Mas amanhã a luta é de encontrá-la de novo.

    Bjos menina!

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  2. WOW. :O
    e mais uma vez, fico sem palavras...

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