quarta-feira, 13 de abril de 2011

Miliampères

os circuitos, enferrujados, realinham-se
para mais uma função predita do mandante
eletricamente, magneticamente, incessante
mecânica dilacerada dos dias que afinam-se...

O resistor, gasto, já não impede
que a corrente de ampères, como ácido, trilhe
corroi o exosesqueleto, dizendo a teu sorriso "brilhe!
e assista a meu curto-circuito, pra sempre me dilacere.."

A tomada já não carrega mais meus sentimentos
Já não incendeia minha robótica incoerente..
Tampouco alimenta a vontade de viver em esquecimentos..

Teu amor, longíquo, já não mais sinto fervente
Resta-me desligar a bateria cansada de incontentamentos..
E respirar a escuridão que sempre esteve presente.

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